Quinta-feira, 25 de Setembro de 2008
Predisposição para obesidade e actividade física
"A actividade física consegue mitigar o risco relacionado com o ganho de peso em pessoas que tenham predisposição genética para a obesidade, mutação genética presente em cerca de 30 por cento das populações europeias, segundo sublinha Evadnie Rampersaud, investigador da Universidade da Florida que liderou a equipa que elaborou um estudo publicado no “Archives of Internal Medicine”.
Para determinar o impacto do modo de vida como o exercício físico e o regime alimentar na predisposição para engordar, os médicos investigadores analisaram o ADN de 704 Amish adultos de boa saúde, com uma média de idades de 43,6 anos, grupo constituído por 53 por cento de homens e 47 por cento de mulheres.
Os participantes, recrutados entre 2003 e 2007, foram submetidos a uma série de testes fisiológicos de modo a avaliar os seus níveis de actividade física durante sete dias. No total, 54 por cento dos homens e 63,7 por cento das mulheres tinham excesso de peso. Entre eles, 10,1 por cento dos homens eram obesos, taxa que aumentava para 30,5 nas mulheres.
A análise genética mostrou que 26 mutações do gene FTO da obesidade estavam ligadas ao índice de massa corporal. Os investigadores dividiram então os participantes em dois grupos em função do nível de actividade física e concluíram que as predisposições genéticas só tinham efeitos em indivíduos sedentários ou que faziam pouco exercício, e não provocavam quaisquer problemas aos que praticam mais exercício físico que a média.
“O ganho de peso resultante da presença de uma certa predisposição genética é muito mais fraco e estatisticamente insignificante nos sujeitos fisicamente muito activos”, escreveram os autores do estudo."
in "Peso e Medida"
Segunda-feira, 22 de Setembro de 2008
Crianças seguem os pais no consumo de fruta e vegetais
"Segundo um estudo que acompanhou mais de 1300 famílias, quando os pais aumentam o consumo de vegetais e frutas, as crianças seguem o mesmo padrão.
Esta descoberta, relatada na revista “Preventive Medicine”, realça a importância dos modelos parentais para que crianças em idade pré-escolar tenham dietas saudáveis. Também sugere que educar precocemente os pais sobre nutrição pode ajudar a combater o problema da infantil, referem os investigadores.
Metade dos pais envolvidos no estudo foi escolhida para receber em casa instrução sobre nutrição e tácticas para levar as crianças a comerem frutas e vegetais. Em média, estes pais aumentaram o seu consumo próprio destes alimentos, acontecendo o mesmo aos seus filhos.
“Sabemos que os pais têm uma influência tremenda na quantidade de frutos e vegetais que os seus filhos comem”, afirmou a líder da equipa de investigadores, Debra Haire-Joshu, da Saint Louis University School of Public Health, em St. Louis, EUA. “Quando os pais comem mais frutas e vegetais, os seus filhos também. Quando os pais comem e dão aos seus filhos ‘snacks’ saturados de gorduras ou bebidas gaseificadas, as crianças aprendem este padrão de alimentação.
O estudo incluiu 1306 jovens pais de crianças que estiveram envolvidos no programa Parents As Teachers (Pais Como Professores), um programa disponível nos EUA que ensina capacidades parentais através de visitas às casas ou outras actividades. Destes pais, 605 foram escolhidos de forma aleatória para se juntarem ao High 5 for Kids, um programa que se baseia em quatro visitas aos domicílios durante as quais são ensinadas técnicas de nutrição mais saudáveis e métodos para levar as crianças a comerem frutas e vegetais.
Nestes casos, as crianças seguiram os padrões dos pais. Mas houve excepções, nomeadamente as que já tinham peso a mais. “Estas crianças já tinham sido expostas a comidas salgadas e açucaradas e aprenderam a gostar delas. Para evitar que uma criança tenha peso a mais os pais têm de a expor o mais cedo possível a comidas saudáveis e oferecer este tipo de comidas frequentemente”, vincou Haire-Joshu."
in "Peso e Medida"
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Terça-feira, 16 de Setembro de 2008
Ganho de peso rápido após o nascimento pode originar hipertensão
Os bebés que ganham peso rapidamente nos primeiros meses de vida podem correr mais riscos de desenvolverem hipertensão arterial quando forem adultos, afirma uma equipa de investigadores britânicos num o estudo publicado no jornal “Hypertension”.
Os cientistas têm tentado entender melhor as causas da pressão arterial elevada. Pesos baixos no nascimento têm sido associados à hipertensão arterial na fase adulta e o novo estudo pretendia determinar se os padrões de crescimento nos primeiros cinco anos de vida também estavam associados a um risco mais elevado de se vir a sofrer daquela doença.
Os investigadores seguiram 679 jovens adultos britânicos com cerca de 25 anos. Eles descobriram que os que ganharam peso mais rapidamente nos primeiros cinco meses após o nascimento e novamente entre os dois e os cinco anos têm maiores probabilidades de virem a sofrer de pressão arterial sistólica (quando o coração de contrai). Peso ganho imediatamente após o nascimento também está relacionado com elevada pressão arterial diastólica (quando o coração relaxa entre batimentos).
“Quando tentarmos perceber o porquê de algumas pessoas terem hipertensão, temos de considerar tanto o período do início de vida como os factores de risco na fase adulta, como o consumo de sal e a obesidade”, afirmou Yoav Ben-Shlomo, da Universidade de Bristol, Reino Unido, que liderou o estudo.
A hipertensão, considerada muitas vezes como um assassino silencioso, por poder permanecer indetectada durante anos, aumenta os riscos de uma pessoa sofrer de problemas cardíacos e de acidentes vasculares cerebrais.
Segunda-feira, 8 de Setembro de 2008
1º Aniversário
Este é o mês de aniversário da Alimentarte!
E para comemorar, iremos organizar algumas actividades de promoção de hábitos alimentares saudáveis. A primeira actividade irá realizar-se já amanhã, dia 9, no Intermarché da Marinha Grande.
Com esta visita a um supermercado, pretende-se que os participantes fiquem a conhecer os rótulos dos diferentes produtos, bem como a saber fazer escolhas saudáveis quando fizerem as suas compras habituais.
Para participar, basta inscrever-se através do e-mail catiapontes@alimentarte.com.pt ou através do telefone 969 504 475.