Pesquisadores norte-americanos publicaram na revista Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention um estudo que mostra que uma dieta classificada de boa qualidade está associada a menores níveis de inflamação crónica em pacientes que sobreviveram ao cancro de mama.
Existem evidências de que hábitos de vida saudáveis, incluindo a qualidade da dieta, podem estar associados com melhor sobrevida em pacientes que tiveram cancro de mama.
Estudos científicos têm destacado a importância do valor prognóstico da inflamação e da resposta imune em mulheres em estágio inicial do cancro de mama. Entre as sobreviventes do cancro de mama, maiores concentrações de proteína C-reativa (PCR) e amilóide A sérica (SAA), que são marcadores de inflamação crónica, têm sido associados com pior sobrevida.
Estes biomarcadores relacionados à sobrevida são importantes para estudar a relação entre as escolhas dos padrões alimentares após o diagnóstico do cancro de mama e a inflamação crónica, pois alguns componentes da dieta possuem propriedades pró ou anti-inflamatórias.
Assim, o objetivo dos pesquisadores foi investigar como a qualidade da dieta está relacionada com biomarcadores da inflamação em mulheres sobreviventes ao cancro de mama e determinar se a actividade física pode modificar as associações observadas.
Participaram no estudo 746 mulheres com diagnóstico de cancro de mama em todos os estágios. As mulheres deveriam ter pelo menos seis meses de diagnóstico da doença e foram acompanhas durante trinta meses.
Os biomarcadores de inflamação analisados foram as concentrações séricas de proteina C-reativa (PCR) e proteina amiloide A sérica (SAA), além de hormonas produzidos pelo tecido adiposo, como a leptina e adiponectina.
Para avaliar o consumo alimentar durante os trinta meses, foi utilizado um questionário de frequência alimentar (QFA), desenvolvido e validado pelo Women's Health Initiative, conhecido como questionário WHI-FFQ, adaptado pelo Health Habits and Lifestyle Questionnaire. Este questionário é capaz de detectar os alimentos relevantes para grupos populacionais multiétnico e geograficamente diversificado, produzindo com confiança as estimativas que correspondem ao consumo alimentar dos indivíduos.
A qualidade da dieta foi medida através do Healthy Eating Index-2005 (Índice de alimentação saudável - HEI-2005), que utiliza uma abordagem com 12 componentes alimentares considerados importantes para a qualidade alimentar (como sumo de fruta, frutas, vegetais em geral, vegetais verde-escuros e amarelados e legumes, grãos totais, grãos integrais, leite, carne e feijão, óleos, gordura saturada, sódio e por fim calorias de gorduras sólidas, bebidas alcoólicas e açúcares adicionados).
A classificação dos pontos foi feita em quartis (Q1 a Q4), em que quanto menor (Q1) a pontuação pior a qualidade da dieta e quanto maior (Q4), melhor a qualidade.
As mulheres que apresentaram melhor qualidade alimentar, quando comparadas com aquelas com pior qualidade (Q4 versus Q1), apresentaram concentrações significativamente mais baixas de PCR (1,6 mg/L versus 2,5 mg/L, p=0,004). No entanto, não houve diferença significativa nas concentrações de SAA, leptina e adiponectina.
Quando os pesquisadores avaliaram individualmente cada componente alimentar, os níveis mais altos no consumo de vegetais verdes-escuros e amarelados e legumes foram significativamente associados com menores concentrações de PCR. A dieta de melhor qualidade foi associada com menores concentrações de PCR mesmo entre as mulheres que não realizam actividade física. Os pesquisadores relataram que não foram encontradas evidências entre menor índice de massa corporal e menor concentração de PCR.
Afirmam os investigadores que “O nosso estudo preenche uma lacuna importante na literatura, definindo a inflamação como um mecanismo potencial pelo qual a qualidade da dieta pode afectar a sobrevida, independentemente da idade, raça, consumo calórico, IMC e actividade física. Isso sugere que entre mulheres que sobreviveram ao cancro de mama, consumindo uma dieta de melhor qualidade, podem obter menores níveis de inflamação crónica e este factor está associado ao aumento da sobrevida”, comentam os pesquisadores.
Referência(s)
- George SM, Neuhouser ML, Mayne ST, Irwin ML, Albanes D, Gail MH, et al. Postdiagnosis diet quality is inversely related to a biomarker of inflammation among breast cancer survivors. Cancer Epidemiol Biomarkers Prev. 2010;19(9):2220-8.
"A probabilidade de uma criança desenvolver alergias pode estar dependente da época em que foi concebida, revela um estudo publicado no Journal of Epidemiology and Community Health.
Segundo os especialistas, os bebés cujos três primeiros meses no ventre da mãe ocorreram na Primavera são mais propensos a sofrer de alergias alimentares, tais como a leite ou ovos.
A investigação envolveu seis mil crianças finlandesas nascidas entre Abril de 2001 e Março de 2006. Foi verificado que, neste grupo, 18 por cento das crianças tinham alergias alimentares aos quatro anos.
Os investigadores constataram que, até essa idade, a sensibilidade a alergias alimentares varia de acordo com o mês de nascimento, aumentando cinco por cento em crianças nascidas em Junho ou Julho até dez por cento para as que nascem em Outubro ou Novembro.
Os especialistas acreditam que os fetos começam a produzir anticorpos na décima primeira semana de gestação e que os anticorpos para alérgenos específicos desenvolvem-se em 24 semanas.
Onze por cento das crianças cuja décima primeira semana de gestação foi em Abril ou Maio mostraram ser mais propensas a sofrer de alergias alimentares, o que, de acordo com os especialistas pode estar relacionado com o facto de essa ser a época em que as concentrações de pólen são mais elevadas. Já os bebés que viveram a décima primeira semana de gestação nos meses de Dezembro e Janeiro revelaram ser menos propensos a alergias alimentares."
Fonte: www.cienciahoje.pt
...que comemorámos o Dia Mundial da Alimentação, aqui na Alimentarte! Com uma mesa recheada de iguarias saudáveis e apetitosas e na companhia de vários clientes e amigos. Aqui estão as fotos que comprovam:
Este bolo encantador e saboroso que se destaca na primeira foto, foi obra da Sandra José. Para quem ficou "apaixonado", visitem o seu facebook em "Doce da Terra", e fiquem a conhecer esta e outras maravilhas! E para os mais gulosos, aqui fica a receita...
125g farinha integral
125g farinha branca
2 c. chá especiarias em pó
250g açúcar mascavado
4 ovos
250g cenouras descascadas e raladas
200 ml leite
É só juntar tudo e levar ao forno...
Bom apetite!
"Muitas pessoas evitam comer batatas quando estão a tentar perder peso por causa do seu alto índice glicémico, mas um estudo recente refere que é possível consumir o alimento e conseguir perder peso. O estudo foi apresentado no encontro anual da Sociedade Americana de Obesidade.
Investigadores da University of California, em Davis, e do National Center for Food Safety and Technology do Illinois Institute of Technology, em Illinois, EUA, analisaram 86 homens e mulheres obesos durante um período de 12 semanas, para medirem os efeitos de uma dieta com baixas calorias e com adição de batata. Os participantes foram divididos em três grupos, com diferentes valores calóricos, mas todos consumiam entre cinco a sete porções de batatas por semana.
“Os resultados do estudo confirmam o que profissionais de saúde e especialistas em nutrição dizem há anos: quando a questão é perda de peso, não se trata de eliminar certos alimentos ou grupos de alimentos, ao contrário, o que conta é a redução das calorias”, destacou a líder da investigação, Britt Burton-Freeman, em comunicado enviado à imprensa, acrescentando não existir provas de que as batatas, quando preparadas de uma forma saudável, contribuem para ganhar peso. “Na verdade, constatamos que podem ser parte de um programa de perda de peso”, concluiu."
Fonte: www.mni.pt
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