Crianças com idade compreendidas entre três e cinco anos já tendem a valorizar a magreza, revela um estudo americano realizado com meninas em fase pré-escolar.
Segundo Jennifer Harriger, investigadora da Universidade Pepperdine, na Califórnia (EUA), e coordenadora do estudo, o problema deste comportamento infantil são os riscos ligados a questões alimentares e depressão, provocados pela pressão sobre as crianças para se manterem magras, assim como a ideia de que não é bom “ter uns quilinhos a mais”.
Cinquenta e cinco meninas do sul da Califórnia foram entrevistadas, e todas sugeriram que também queriam ser magras. Foram-lhe mostradas imagens de pessoas magras e de outras com excesso de peso.
Algumas das participantes nem quiseram tocar nas figuras de pessoas com peso a mais e teceram comentários como “odeio-a”, “ela é gorda” e “eu não quero ser como ela”.
Em média, para descrever pessoas gordas foram utilizadas 3,1 palavras de cunho negativo e 1,2 palavras positivas. Esta proporção inverteu-se para as figuras magras, com 2,7 palavras positivas e 1,2 palavras negativas.
"Esta investigação mostra que, desde muito cedo, as crianças entendem completamente os valores da sociedade sobre a magreza", explica Jennifer Harriger, acrescentando que acredita na possibilidade de “as estudantes pré-escolares serem susceptíveis ao ideal internacional de corpos magros e, talvez, estarem a fazer algo para se manterem magras."
Fonte: www.cienciahoje.pt
Uma análise realizada em França, pela Associação Geração Futura, revela que os menus tipos – com a recomendação do Ministério da Saúde –, para as crianças de dez anos, têm mais de 80 substâncias químicas potencialmente cancerígenas, apesar de cumprirem os critérios.
O estudo recaiu em diferentes supermercados de Paris e em produtos não biológicos, geralmente consumidos diariamente por crianças. Três referentes a refeições-tipo e uma a alimentos que compõem o lanche da tarde – incluíam cinco frutos e legumes frescos, três produtos lácteos, água e algumas guloseimas.
Os tabuleiros das escolas foram cuidadosamente analisadas por diferentes laboratórios acreditados pelas autoridades francesas e belgas. O objectivo foi medir a presença de um determinado número de substâncias químicas, pesticidas, metais pesados e outros poluentes. O resultado comprovou a presença de 80 substâncias químicas recenseadas, onde cinco foram classificadas como cancerígenas, 42 são consideradas potencialmente prováveis e 37 susceptíveis de perturbar o sistema hormonal.
Para o pequeno-almoço, manteiga, chá e leite contêm apenas uma dezena de resíduos possivelmente cancerígenos, onde três são certos e vinte outros nocivos para o sistema hormonal. Já para o almoço, o estudo alerta para a presença de resíduos na carne picada, no atum de lata, pesticidas usadas nos legumes e substâncias químicas na pastilha elástica. A água da rede revelou conter nitrato de clorofórmio, entre outros.
Finalmente, para jantar, o bife e o salmão são mais ricos em resíduos químicos e neste caso, nem se consideraram os possíveis resíduos libertados por um prato de plástico aquecido no microondas.
Em quase a totalidade dos casos, os limites legais impostos pela Comissão da União Europeia e outras instâncias internacionais não foram ultrapassados – o que pode impor a necessidade de uma revisão, segundo acentuou a associação. O estudo assinalou ainda que os riscos deste cocktail de contaminantes são subestimados e conclui que pode estar na origem do aumento de doenças cancerígenas.
Fonte:www.cienciahoje.pt
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