"As isoflavonas da soja bloqueiam os mecanismos de reparação do ADN das células cancerígenas, enquanto protegem o tecido saudável, aponta um estudo da Wayne State University, EUA, publicado no “Journal of Thoracic Oncology”.
"Para melhorar a radioterapia para o cancro do pulmão estamos a estudar o potencial dos componentes naturais não-tóxicos da soja, chamadas isoflavonas, para aumentar o efeito da radiação contra as células do tumor e, ao mesmo tempo, proteger as células normais do pulmão contra os danos causados pela radiação", disse, em comunicado, Gilda Hillman, professora no Department of Radiation Oncology na Wayne State University's School of Medicine e do Karmanos Cancer Institute, que liderou a equipa de investigação.
“Estas isoflavonas naturais da soja podem sensibilizar as células cancerosas aos efeitos da radioterapia inibindo os mecanismos de sobrevivência que estas células activam para se protegerem”, explicou a cientista, acrescentando que, “ao mesmo tempo, as isoflavonas da soja também podem actuar como antioxidantes, protegendo o tecido normal contra os efeitos danosos derivados da radioterapia”.
Hillman e a sua equipa demonstraram que as isoflavonas da soja aumentam a destruição das células cancerígenas bloqueando os mecanismos de reparação de ADN, que são activados pelas células cancerosas para que possam sobreviver aos danos causados pela radiação. As células cancerosas humanas A549 (NSCLC) que foram submetidas a tratamento com isoflavonas de soja antes da radiação demonstraram maiores estragos a nível do ADN e menos actividade de reparação do mesmo do que células que apenas receberam radiação.
Os cientistas usaram uma fórmula que consistia nas três principais isoflavonas encontradas nos grãos de soja, que incluíam genisteína, daidzeína e gliciteína.
Investigações anteriores demonstraram que a genisteína pura mostrava actividade anti-tumoral nas células humanas NSCLC e realçavam os efeitos dos inibidores da tirosina quinase do receptor do factor de crescimento epidérmico. O estudo de Hillman mostrou que a mistura de soja teve um efeito anti-tumoral ainda maior do que a genisteína pura. A mistura de soja também é consistente com os comprimidos de isoflavonas de soja usados em estudos clínicos, que demonstraram ser seguros."
Fonte: www.alert.pt
"As pessoas que se submetem a lipoaspiração começam a acumular gordura apenas um ano depois da intervenção cirúrgica, sugere um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade do Colorado, EUA, publicado na revista "Obesity".
O estudo teve por objectivo desmistificar o falso mito de que os efeitos da lipoaspiração – procedimento que começou a ser realizado 1974 - permitem que o paciente fique livre da gordura para sempre. "O facto de a gordura voltar é de grande interesse para os cientistas, porque mostra que os níveis de gordura do corpo são regulados por certos mecanismos que, neste momento, desconhecemos", reconheceu Robert H. Eckel, um dos autores deste estudo.
Os cientistas iniciaram a investigação testando essa hipótese em roedores, e verificaram que a gordura, quando removida, regressava; da mesma forma, verificaram que quase todos os seres humanos recuperam o peso depois de o terem perdido. "Nós acreditamos que o cérebro sabe, de alguma forma, a quantidade de gordura corporal que tem o organismo e responde de forma a regular a sua presença", disse Eckel, afirmando que "por isso é tão importante a prevenção da obesidade."
O estudo dessa recuperação da gordura é muitas vezes difícil de analisar, já que requer o uso de técnicas dispendiosas. No entanto, a equipa de Eckel realizou o primeiro estudo aleatório, controlado para medir esses parâmetros, que permitiu observar a forma como a gordura regressa e é redistribuída, tanto pelo abdómen superior, como à volta dos ombros e tríceps do braço.
"A lipoaspiração não é um procedimento de perda de peso", insiste Eckel, que reconhece que, apesar de a gordura voltar, as pacientes analisadas no estudo ficaram satisfeitas com os resultados obtidos com a cirurgia, uma vez que lhes permitiu obter uma nova linha corporal."
Fonte: www.alert.pt
"Crianças com inflamação crónica do ouvido médio podem sofrer alterações no paladar e tais mudanças podem ter influência na obesidade infantil, adverte um estudo da Universidade Kyung Hee, em Seul (Coreia do Sul) publicado na revista “Archives of Otolaryngology-Head & Neck Surgery”.
Os autores explicam que a otite média crónica com efusão é uma inflamação persistente do ouvido médio, na qual o derrame de líquido fica retido na cavidade do ouvido médio.
Os investigadores, liderados por Il Ho Shin, realizaram um estudo para avaliar a associação entre o limite do paladar em pacientes com otite média crónica com efusão e a sua relação com o índice de massa corporal. Os autores admitiam que a otite média crónica com efusão poderia produzir alterações no funcionamento do paladar e que tais alterações poderiam estar associadas ao peso corporal.
Para a investigação foram medidos os limites gustativos de 42 crianças com a patologia que passaram pela inserção de um pequeno tubo de plástico no tímpano para manter a ventilação do ouvido médio e um grupo de controlo de 42 crianças sem otite média crónica com efusão.
Nas provas de gosto químico, os autores usaram quatro soluções de gosto padrão (açúcar, sal, ácido cítrico e cloridrato de quinina).
Os resultados mostraram que as crianças com otite média crónica com efusão tinham um índice de massa corporal significativamente maior do que os do grupo controlo. Os resultados dos testes mostraram que os limites do gosto na parte frontal da língua eram superiores nas crianças com a patologia em comparação às do grupo de controlo.
Os testes de gosto químico também indicaram que os limites gustativos dos salgados e dos doces eram elevados nas crianças do grupo com otite média crónica com efusão. Os limites dos gostos amargos e ácido foram também, de alguma forma, superiores no grupo de otite média, mas essas diferenças não foram estatisticamente significativas."
Fonte: www.alert.pt
Nutrição em Português
Internacional