A qualidade das refeições nas cantinas escolares e sociais pode baixar com o aumento do IVA para a taxa máxima de 23 por cento na restauração, alertou nesta terça-feira a associação de defesa dos consumidores DECO.
"Com este aumento é natural que as empresas fornecedoras das cantinas queiram uma revisão do preço e, não tendo o Estado [autarquias] dinheiro para aumentar a sua comparticipação, tememos uma diminuição da qualidade das refeições nas cantinas", disse à Lusa o secretário-geral da associação, Jorge Morgado.
Os receios da DECO estendem-se também às cantinas sociais e às das empresas públicas, lembrando a associação que o último estudo em cantinas revelou uma melhoria na qualidade das refeições.
"Tudo isto é penoso, é voltarmos aos tempos dos nossos avós", comentou Jorge Morgado.
O aumento da taxa de IVA para 23 por cento vai ter um "impacto enorme" na vida quotidiana dos consumidores, segundo a DECO, "principalmente" naqueles que trabalham nos grandes centros urbanos.
"O impacto na economia doméstica vai ser grande e vamos regressar ao passado da lancheira", concluiu Jorge Morgado.
O Parlamento aprovou, por maioria, um aumento do IVA na restauração, entre outros produtos, que deixa de estar sujeita a uma taxa de 13 por cento, passando para 23 por cento, com votos contra de toda a oposição.
Fonte: www.cmjornal.xl.pt
Um estudo publicado na revista Cell Metabolism demonstrou que a suplementação de cápsulas contendo resveratrol induziu alterações metabólicas em pacientes obesos, semelhante aos efeitos da restrição calórica.
Os pesquisadores realizaram um estudo randomizado, duplo-cego, cruzado e controlado por placebo com onze homens obesos. Os participantes foram designados a receber 150 mg/dia de resveratrol, durante 30 dias e, ao término desse período, foi dado um intervalo de mais 30 dias para receber o placebo por mais 30 dias. Os indivíduos foram avaliados no início e no final de cada período de suplementação. Diversos parâmetros foram medidos, incluindo índice de massa corporal, gasto energético de repouso, pressão arterial, além de biomarcadores do metabolismo energético.
A suplementação de resveratrol reduziu significativamente (p = 0,007) a taxa metabólica de repouso, efeito semelhante ao que ocorre quando há restrição calórica. Por outro lado, os pesquisadores verificaram que houve aumento do metabolismo mitocondrial no músculo, o que implica no aumento da queima de calorias, por meio da ativação das proteínas AMPK (adenosina monofosfato quinase), SIRT1 (sirtuina 1) e PGC-1alfa (co-ativador 1 alfa do receptor ativado por proliferador do peroxissoma).
As concentrações plasmáticas de glicose e insulina foram menores após a suplementação de resveratrol (p = 0,05 e p = 0,04, respectivamente), sugerindo uma melhora da sensibilidade à insulina. O resveratrol também reduziu as concentrações de triglicérides plasmáticos (p = 0,03). Além disso, foi capaz de diminuir o acúmulo de lipídios no fígado e diminuiu os níveis de alanina–aminotransferase (ALT), com consequente melhora da função hepática (p < 0,005).
Os marcadores de inflamação sistêmica, incluindo interleucina 6 (IL-6) e fator de necrose tumoral alfa (TNF-alfa), foram menores após suplementação de resveratrol, mas apenas o TNF-alfa foi estatisticamente significativo (p = 0,04). Outro efeito importante foi a redução significativa da pressão arterial sistólica em aproximadamente 5 mmHg (p < 0,05).
Os pesquisadores também avaliaram o perfil de expressão dos genes antes e após a suplementação de resveratrol. Foi utilizada a técnica de microarranjos de DNA em biópsias do músculo, em que 469 genes foram alterados pelo resveratrol, dos quais 219 foram aumentados e 250 foram reduzidos. Dentre esses genes, houve aumento na expressão dos genes relacionados com a fosforilação oxidativa mitocondrial, enquanto que os genes relacionados com inflamação foram reduzidos.
“Nosso trabalho demonstrou, pela primeira vez, os efeitos benéficos do resveratrol em 30 dias de suplementação sobre o perfil metabólico de homens obesos. Embora a maioria dos efeitos tenha sido modesto, eles foram muito consistentes, apontando para adaptações metabólicas benéficas. Além disso, não houve nenhum evento adverso com a suplementação”, argumentam os autores.
“Portanto, o resveratrol foi seguro e bem tolerado na concentração testada. Estudos futuros devem investigar os efeitos em longo prazo da suplementação de resveratrol, a fim de estabelecer se maiores doses podem melhorar ainda mais as alterações metabólicas associadas com a obesidade”, concluem.
Fonte: www.nutritotal.com.br
Aumentar a ingestão de vitamina B poderia reduzir significativamente o stress do trabalho, revela um ensaio clínico realizado em Swinburne University of Technology, na Austrália, que será publicado na revista “Human Psychopharmacology”.
De acordo com o líder do estudo, Con Stough, no início do estudo, os investigadores avaliaram 60 participantes em relação a factores como personalidade, trabalho, estado de espírito, ansiedade e tensão. Um grupo recebeu altas doses de vitamina B, enquanto um outro recebeu placebo. Os participantes voltaram a ser avaliados após 30 e 90 dias.
"No final do período de três meses, os que tomaram vitaminas do complexo B relataram níveis mais baixos de stress no trabalho do que aprestaram no início da investigação”, disse o investigador em comunicado de imprensa, acrescentando que, “na verdade, os participantes experimentaram uma melhoria de quase 20% nos níveis de stress”. “Por outro lado, aqueles que receberam placebo não demonstraram mudanças significativas”.
Segundo Stough, trata-se do primeiro estudo do tipo feito até ao momento. Os resultados não foram tão surpreendentes pelo facto de que já era conhecida a importância geral da vitamina B na função cognitiva do homem. “A vitamina B, que é encontrada em todos os alimentos não processados, como carne, feijão e cereais integrais, é essencial para a síntese de neurotransmissores responsáveis pelo bem-estar psicológico”, explica Stough. “Qualquer coisa que possamos fazer para reduzir o stress do trabalho é bom, pois isso pode significar a diminuição de problemas cardiovasculares, depressão e ansiedade”.
Embora o estudo tenha apresentado resultados animadores, os investigadores acreditam que são necessárias mais investigações para comprovar os benefícios da vitamina B. “O ideal é fazermos um estudo com um maior número de participantes e por um tempo mais alargado, durante dois ou três anos”, disse Stough.
A Universidade Swinburne tem o maior grupo de pesquisa do mundo que avalia os efeitos cognitivos e de humor potenciados por produtos naturais, suplementos nutricionais e intervenções nutricionais.
Fonte: www.alert.pt
Investigadores da Universidade do Texas e do Anderson Cancer Center (EUA) testaram com êxito um tratamento contra a obesidade. O novo fármaco chamado Adipotide provoca perda de peso e elimina a gordura acumulada no abdómen. Ao contrário de outros fármacos com a mesma finalidade, que cortam o apetite ou impedem a absorção de gorduras, este imita o mecanismo de acção de alguns dos tratamentos contra o cancro que cortam o fornecimento de sangue e oxigénio aos tumores para deixá-los sem nutrientes e ‘matá-los à fome’.
Seguindo esta estratégia, o medicamento dirige-se às células de gordura branca, as mais prejudiciais ao organismo. Estas morrem e são reabsorvidas pelo organismo. Até agora, a eficácia do método só foi provada em macacos e os resultados do estudo aparecem na «Science Translational Medicine».
Após um mês de tratamento com injecções diárias, os animais perderam 11 por cento do seu peso corporal. O peso, a circunferência abdominal e o índice de massa corporal (proporção peso/altura) continuaram a cair durante três semanas após o tratamento.
Além disso, os animais melhoraram a sua resistência à insulina, indicador que leva ao desenvolvimento da diabetes tipo 2. O desaparecimento da gordura branca demonstrou-se em imagens de ressonância magnética antes e depois do tratamento.
Quanto a efeitos secundários, não houve nada de grave a assinalar. Os animais não perderam o apetite nem mostraram sinais de náuseas. O único efeito adverso observou-se nos rins. No entanto, os investigadores esclarecem que este problema é previsível e reversível.
Apesar de a gordura ser essencial para manter o equilíbrio energético e ajudar a regular a temperatura do corpo, nem toda ela é igual. Como no colesterol, existe uma gordura boa que queima energia para manter a temperatura adequada e a má que armazena as calorias a mais. Esta última, a gordura branca, aumenta o risco de problemas cardiovasculares.
Fonte: www.cienciahoje.pt
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