"O consumo de chá verde favorece a redistribuição da gordura corporal, diminuindo o tecido adiposo visceral, mais nefasto para a saúde do que o tecido adiposo subcutâneo, refere um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.
O tecido adiposo visceral consiste na gordura que se concentra na barriga, enquanto o tecido adiposo subcutâneo é a gordura que se acumula por debaixo da pele, sobretudo nas coxas e nádegas.
A investigação, integrada num estudo dos efeitos de vários componentes alimentares na gordura corporal, avaliou dois grupos de ratinhos: a um foi dado a beber chá verde e a outro água, durante meio ano. Todos os animais aumentaram de peso ao longo deste período, mas os roedores que consumiram chá “ganharam menos peso do que o grupo de controlo”, adiantam os especialistas em comunicado enviado à imprensa.
Os cientistas analisaram ainda as diferenças encontradas no tecido adiposo subcutâneo e visceral nos dois grupos de ratos, tendo verificado que o tecido adiposo dos animais que beberam chá apresentava um número maior de células em proliferação e adipócitos (células que armazenam gordura) mais pequenos do que os do grupo de controlo. Os que beberam chá também apresentaram um aumento do número de células em apoptose (morte celular programada) no tecido adiposo visceral, favorecendo a sua redução."
Deste modo, os investigadores sublinham que “o consumo de chá verde interfere na organização da gordura corporal, criando um padrão celular mais saudável e menos propenso ao desenvolvimento de patologias”.
Fonte: www.alert.pt
"O chá verde pode ter efeitos nocivos, segundo um estudo da University of Southern California, EUA, publicado na revista "Blood". Este estudo vem questionar a opinião até agora consensual sobre os benefícios do chá verde, ao revelar que ele inibe o efeito de um fármaco utilizado no tratamento do mieloma múltiplo e num tipo do linfoma não Hodgkin.
Os investigadores descobriram que, após a realização de ensaios in vitro e in vivo, um dos componentes do extracto do chá verde, o EGCG ("Epigallocatechin gallate"), destruía a actividade anticancerigena do fármaco Bortezomib.
O líder da investigação, Axel Sconthal, revelou que os resultados encontrados foram surpreendestes, dado que, os investigadores estavam à espera que o EGCG aumentasse o efeito anticancerígeno do Bortezomib.
No entanto, o trabalho demonstrou que a molécula EGCG e o fármaco estabeleciam ligações químicas, bloqueando a ligação do fármaco a moléculas alvo localizadas nas células tumorais.
Desta forma, é vivamente aconselhado que os doentes que estão a ser submetidos a tratamentos anti-cancerígenos evitem beber chá verde. "
Fonte: www.mni.pt
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