"Um composto abundante na mostarda, rábano e wasabi mostrou-se capaz de bloquear o crescimento do cancro da bexiga num terço dos roedores doentes e impediu, quase por completo, o aparecimento de metástases, aponta um estudo da Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha, publicado no sítio “Environmental Health News”.
Neste estudo, realizado com ratinhos, foi testada mostarda em pó que contém, naturalmente, o composto isotiocianato de alilo, que se mostrou mais eficaz no controlo do cancro do que a forma purificada. Para este estudo, os investigadores alimentaram os ratinhos com sementes de mostarda em pó (71,5 ou 715 mg / kg de peso corporal) misturado com cerca de 0,5 ml de água, uma vez por dia, durante a fase mais precoce de cancro. O tratamento prolongou-se durante três semanas. Depois disso, os cientistas examinaram as bexigas dos ratinhos. Os animais tratados foram comparados aos animais do grupo de controlo que receberam apenas água.
Depois de três semanas de tratamento, as bexigas cancerosas nos animais do grupo de controlo, que não tiveram tratamento, pesavam cinco vezes mais do que as bexigas livres de doença. Os tumores tinham invadido o tecido muscular circundante da bexiga em 71% do tempo. Nos animais tratados com a menor dose de pó de semente de mostarda, o peso do tumor era 35% menor, em média, e não apresentavam invasão muscular. Curiosamente, os roedores alimentados com a dose mais alta apresentaram uma redução menor no crescimento do tumor - apenas 23%. Os resultados mostram que a dose mais baixa foi muito mais eficaz na prevenção da progressão do cancro de bexiga e da invasão dos tecidos circundantes.
Apesar de o trabalho não ser conclusivo sobre a aplicação directa dos benefícios da mostarda nos seres humanos, os investigadores acreditam no benefício dos vegetais no combate a este tipo de cancro. Além da mostarda e do rábano, o isoticianato também está presente noutros vegetais como a couve-flor, o repolho, a couve e os brócolos."
Fonte: www.alert.pt
"A obesidade das mães pode conduzir à infertilidade das filhas, dá conta um estudo publicado na revista “Endocrinology”.
Estudos anteriores já tinham indicado que as hormonas envolvidas no balanço energético e metabolismo, como a grelina, regulavam a função reprodutiva dos animais e humanos. Contudo, o papel da grelina no desenvolvimento do aparelho reprodutivo ainda não está perfeitamente esclarecido. Adicionalmente também já era conhecido que as mulheres obesas apresentavam níveis baixos desta hormona.
Neste estudo, os investigadores liderados por Hugh Taylor analisaram o efeito da deficiência da grelina no desenvolvimento da fertilidade feminina.
Os investigadores da Yale University School of Medicine, nos EUA, verificaram que os ratinhos fêmea, cujas mães tinham apresentavam níveis deficientes de grelina, eram menos férteis e tinham menores ninhadas que os ratinhos cujas mães tinham níveis hormonais normais. Os ratinhos que tinham sido expostos no útero a níveis deficientes de grelina apresentavam alterações na expressão genética uterina o que conduz a uma falha na implantação de o embrião e consequentemente a uma fertilidade mais baixa.
Em comunicado enviado à imprensa, Hugh Taylor revela que, apesar do estudo envolver ratinhos, os investigadores acreditam que estes resultados podem ter implicações importantes para as mulheres. “Os nossos resultados sugerem que níveis baixos de grelina podem programar o desenvolvimento do útero nas meninas filhas de mães obesas. Estas raparigas serão menos férteis na idade adulta.”
Fonte:www.alert.pt
“Uma torta com creme ou uma sopa, uma açorda de peixe e uma maçã. O que acha que é mais barato?” – assim começa o 'spot' da campanha nacional «Comer bem é mais Barato», lançada recentemente pela Fundação Gulbenkian, Fundação EDP e SIC, com o apoio da Deco e Associação Portuguesa de Nutricionistas (APN). “A torta ou a refeição cheia de proteínas e cálcio?”, continua.
A verdade é que a torta custa 1,71 euros e a refeição “cheia de proteínas e cálcio” por volta de um euro. A iniciativa tem como objectivo contribuir para mudar atitudes e comportamentos alimentares das famílias portuguesas, mostrando que um equilíbrio nutricional é possível a baixo custo. De acordo com a organização, a campanha irá apresentar sete refeições completas e equilibradas – do ponto de vista nutricional – pelo valor de um euro.
"A adopção de uma dieta pouco saudável durante a gravidez aumenta o risco de a criança vir a sofrer de diabetes tipo 2, um factor que contribui para o desenvolvimento de cancro e doenças cardiovasculares, sugere um estudo publicado na “Proceedings of the National Academy of Sciences”.
Já está perfeitamente estabelecido que factores ambientais interagem com os genes ao longo da vida, afectando a expressão desses mesmos genes e, consequentemente, a função dos tecidos e o risco de doença. A dieta durante os períodos críticos de desenvolvimento, como acontece durante os nove meses da gravidez, tem sido apontada como um desses factores ambientais. A epigenética, que se refere a modificações do ADN que regulam a expressão de um gene, tem sido sugerida como a responsável por estes efeitos.
Contudo, ainda não se sabe ao certo qual o mecanismo que controla a interacção entre a dieta adoptada durante a gestação e a expressão de certos genes nos bebés, durante a vida adulta.
Estudos anteriores já haviam indicado que o gene Hnf4a desempenha um papel importante durante o desenvolvimento do pâncreas e, mais tarde, na produção de insulina. Desta forma, os investigadores da University of Cambridge, no Reino Unido, colocaram a hipótese de a dieta adoptada durante a gravidez influenciar a expressão deste gene mais tarde na vida, e consequentemente, o risco de diabetes.
Para testar esta teoria os investigadores liderados por Susan Ozanne utilizaram um modelo animal, onde a alteração do conteúdo proteico da dieta da mãe durante a gravidez conduzia ao desenvolvimento de diabetes tipo 2 nas crias, na idade adulta.
O estudo revelou que a expressão do gene Hnf4a é regulada pela dieta materna através de modificações epigenéticas do ADN. Adicionalmente, foi também constatado que uma dieta pobre aumenta a taxa de acumulação destas alterações epigenéticas ao longo do processo de envelhecimento.
Em comunicado de imprensa, Susan Ozanne revelou que “o que é mais interessante é que estamos agora a começar a entender realmente como é que a nutrição durante os primeiros nove meses de vida pode moldar a nossa saúde a longo prazo, influenciando o modo como as células do nosso corpo envelhecem.” Assim, os investigadores reforçam a necessidade de as mulheres grávidas adoptarem uma alimentação saudável e equilibrada durante a gravidez."
Fonte: www.mni.pt
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