Os indivíduos que consomem frutos secos apresentem um menor peso corporal e fatores de risco cardiovascular, sugere um estudo publicado no “Journal of the American College of Nutrition”.
Para o estudo, os investigadores da Louisiana State University Agricultural Center, nos EUA, contaram com a participação de 13.292 indivíduos, com mais de 19 anos, para avaliar o efeito do consumo de frutos secos, nomeadamente amêndoas, castanhas do Brasil, castanha de caju, avelãs, nozes macadâmias, pinhões, pistacho e nozes, nos fatores de risco cardiovasculares, na diabetes tipo 2 e na síndrome metabólica.
O estudo apurou que o consumo destes frutos estava associado com uma prevalência 5% menor da síndrome metabólica, um nome dado a um conjunto de fatores de risco que, em conjunto, aumentam o risco de doença arterial coronária, acidente vascular cerebral e diabetes tipo 2. Adicionalmente, os investigadores também constataram que os indivíduos que ingeriam frutos secos apresentavam uma menor prevalência de quatro fatores de risco para a síndrome metabólica: obesidade abdominal, pressão arterial elevada, elevadas concentrações de glucose no sangue e níveis baixos de colesterol HDL (o chamado “bom colesterol”).
"Uma das descobertas mais interessantes foi o fato de se ter verificado que os consumidores de frutos secos apresentavam um menor peso corporal, bem como menor índice de massa corporal (IMC) e ainda um menor perímetro abdominal, do que os indivíduos que não consumiam estes frutos. Em média, o peso, o IMC e o perímetro abdominal foram respetivamente 8,6Kg, 0.9kg/m2 e 2,1 cm menores para os consumidores de frutos secos do que para os não consumidores”, revelou, em comunicado de imprensa, a líder do estudo, Carol O'Neil.
Estudos anteriores realizados pela mesma equipa de investigação já tinham revelado que o consumo de frutos secos melhorava a qualidade da dieta. Assim, com base nestes resultados agoraobtidos, a investigadora aconselha a que o consumo de frutos secos faça parte de uma dieta saudável e seja também encorajado pelos nutricionistas.
Fonte: www.alert.pt
O excesso de peso e a obesidade são definidos como uma acumulação de gordura anormal ou excessiva que pode prejudicar a saúde. Estes são classificados pelo Índice de Massa Corporal (IMC), um índice simples que correlaciona o peso com a altura. Existe grande dificuldade em comparar estudos sobre a prevalência do excesso de peso e da obesidade, visto que existem variações na metodologia e também na população. Um dos factores a ter em conta para uma imagem mais precisa da magnitude deste problema é que a população está a envelhecer. Os europeus têm uma maior longevidade e uma taxa de natalidade baixa. Visto que o excesso de peso e a obesidade são mais comuns na população adulta com mais idade, existem
cada vez mais indivíduos na população com excesso de peso e obesidade. Várias organizações, como a World Health Organization (WHO), o International Obesity Taskforce (IOTF) e o Eurostat (comissão europeia de estatística) têm bases de dados de excesso de peso e obesidade nos países europeus. No entanto, nenhuma conclusão com base na totalidade desses dados foram elaborados anteriormente, principalmente porque o processo de comparação é limitado. Recentemente a WHO Europe compilou e padronizou, por idade, os dados disponíveis dessas organizações, juntamente com os de publicações científicas. Isso resultou num mapa de tendências de obesidade, de 1981 a 2005, em adultos com idade entre os 25 e os 64 anos nos 53 países da WHO European Region.1 Os dados auto-relatados e medidos foram analisados separadamente para evitar conclusões erradas.
Segundo esta análise, em todos os países, tanto para homens como para mulheres, a maior prevalência do excesso de peso (IMC ≥ 25) e obesidade (IMC ≥ 30) foi demostrada entre a população mais velha (50 a 64 anos).
O excesso de peso mostrou ser mais comum em homens do que em mulheres, enquanto que na obesidade acontece o contrário. As excepções ocorreram na Irlanda e no Reino Unido, onde a obesidade foi mais comum em homens em algumas pesquisas. O desenvolvimento ao longo do tempo mostrou um aumento do excesso de peso e obesidade em todos os países, tanto para homens como para mulheres.
A um nível global, a prevalência da obesidade em adultos é de 7,7% nos homens e 9,8% nas mulheres. São afectados, particularmente, um número de populações na região do Pacifico Ocidental, na Índia Ocidental, nos Estados Unidos da América e na Austrália.2
Face a estas informações, é de notar que a prevalência do excesso de peso e obesidade em idades padronizadas têm aumentado ao longo do tempo na maioria dos países europeus.
Para mais informações: http://www.eufic.org/article/en/artid/How-big-overweight-problem-Europe-WHO-knows/
Fonte: www.apn.org.pt
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