Não há evidências científicas de que o consumo de beringela (Solanum melongena L) reduza os níveis sanguíneos de colesterol. Embora haja procura de tratamento alternativo que combata a hiperlipidemia, já que os medicamentos para estes fins são caros e não isentos de efeitos colaterais, infelizmente, nem o sumo de beringela com laranja, nem as cápsulas comercializadas no Brasil contendo extrato seco da planta apresentaram os efeitos desejados.
O interesse pela beringela está em supostas substâncias antioxidantes, como o nasunin, que poderia ter efeito favorável na peroxidação lipídica e na reversão da disfunção endotelial em modelos experimentais de hipercolesterolemia.
Os resultados de estudos experimentais são controversos, pois alguns encontraram níveis diminuídos de colesterol sanguíneo após o uso da beringela e outros não. Os poucos trabalhos realizados em humanos não observaram nenhuma modificação. Num deles, por exemplo, em amostra randomizada e duplo-cega, voluntários hipercolesterolêmicos receberam cápsulas de extrato de beringela (total de 450 mg/dia) ou placebo durante 90 dias. Os resultados foram similares em ambos os grupos.
O que é indiscutível é que a alimentação pode e deve contribuir para o tratamento da hipercolesterolemia. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, o tratamento dietético consiste em diminuir a ingestão de colesterol, com a redução do consumo de alimentos de origem animal, em especial as vísceras, leite gordo e derivados, charcutaria, peles de aves e frutos do mar (camarão, ostra, marisco, polvo, lagosta).
retirado do site www.nutritotal.com.br
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