Um terço das crianças portuguesas entre os seis e os nove anos tem excesso de peso, mas a tendência é para esta margem baixar, revela um estudo que vai ser hoje apresentado em Lisboa. Dados recolhidos em 2008 indicavam que 32,2 por cento das crianças daquela faixa etária eram obesas ou tendiam a sê-lo, enquanto em 2010 – quando foi feito o inquérito que vai agora ser divulgado –, essa percentagem baixou dois pontos percentuais, para 30,2 por cento. O excesso de peso contabiliza os obesos e os pré-obesos. O relatório da segunda fase do “Childhood Obesity Surveillance Iniative”
(COSI Portugal), promovido pela Organização Mundial da Saúde/Europa, que será apresentado no Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA), precisa que a taxa de obesidade baixou de 14,6 por cento para 14,3 por cento. Ao contrário, a percentagem de crianças com baixo peso aumentou de 2,1 por cento para 2,6 por cento. O estudo foi feito a partir da avaliação e de inquéritos realizados a 4.064 crianças de 176 escolas do 1.º ciclo do ensino básico. Apesar da ligeira diminuição do excesso de peso e da obesidade, e do aumento do baixo peso, mantém-se a “necessidade de vigiar o estado nutricional infantil crucial para a tomada de decisão em Saúde Pública”, considera a coordenadora do estudo, a investigadora do INSA Ana Rito.
As estimativas apontam para a existência de 45 milhões de crianças, entre os seis e os oito anos, com excesso de peso em todo o mundo, número a que todos os anos se somam mais 400 mil. Portugal é, atualmente, o país coordenador da rede europeia que avalia de dois em dois anos o estado nutricional das crianças daquela faixa etária e de que fazem parte a Bélgica, Bulgária, Chipre, República Checa, Irlanda, Itália, Letónia, Lituânia, Malta, Noruega, Eslovénia, Suécia Grécia, Hungria, Macedónia e Espanha. O relatório da situação em Portugal será apresentado numa sessão em que vão estar presentes o presidente do Conselho Diretivo do INSA, José Pereira Miguel, o diretor-geral da Saúde, Francisco George, a investigadora Ana Rito e o coordenador da Plataforma de Luta Contra a Obesidade, Pedro Graça.
Fonte: Diario Digital
"Crianças com inflamação crónica do ouvido médio podem sofrer alterações no paladar e tais mudanças podem ter influência na obesidade infantil, adverte um estudo da Universidade Kyung Hee, em Seul (Coreia do Sul) publicado na revista “Archives of Otolaryngology-Head & Neck Surgery”.
Os autores explicam que a otite média crónica com efusão é uma inflamação persistente do ouvido médio, na qual o derrame de líquido fica retido na cavidade do ouvido médio.
Os investigadores, liderados por Il Ho Shin, realizaram um estudo para avaliar a associação entre o limite do paladar em pacientes com otite média crónica com efusão e a sua relação com o índice de massa corporal. Os autores admitiam que a otite média crónica com efusão poderia produzir alterações no funcionamento do paladar e que tais alterações poderiam estar associadas ao peso corporal.
Para a investigação foram medidos os limites gustativos de 42 crianças com a patologia que passaram pela inserção de um pequeno tubo de plástico no tímpano para manter a ventilação do ouvido médio e um grupo de controlo de 42 crianças sem otite média crónica com efusão.
Nas provas de gosto químico, os autores usaram quatro soluções de gosto padrão (açúcar, sal, ácido cítrico e cloridrato de quinina).
Os resultados mostraram que as crianças com otite média crónica com efusão tinham um índice de massa corporal significativamente maior do que os do grupo controlo. Os resultados dos testes mostraram que os limites do gosto na parte frontal da língua eram superiores nas crianças com a patologia em comparação às do grupo de controlo.
Os testes de gosto químico também indicaram que os limites gustativos dos salgados e dos doces eram elevados nas crianças do grupo com otite média crónica com efusão. Os limites dos gostos amargos e ácido foram também, de alguma forma, superiores no grupo de otite média, mas essas diferenças não foram estatisticamente significativas."
Fonte: www.alert.pt
"Um terço dos bebês dos EUA são obesos ou estão em risco de obesidade, disseram os investigadores que acompanharam cerca de 8.000 bebés dos 9 meses aos 2 anos de idade.
Este estudo (ECLS-B) retira uma amostra nacionalmente representativa de crianças americanas nascidas no ano de 2001 e com diversas origens socioeconômicas e étnico-raciais.
O ECLS-B é um dos primeiros a acompanhar o peso de crianças muito pequenas, de uma amostra nacionalmente representativa.
Eles avaliaram os bebés de peso normal, de risco, ou obesos aos 9 meses de idade e como isso mudou aos dois anos de idade, utilizando ferramentas estatísticas, para determinar se a perda de peso, a persistência ou ganho de peso estava ligado às características demográficas (por exemplo, o sexo da criança, raça/etnia, região geográfica, status socioeconómico da comunidade local).
Como não existe um padrão aceite de obesidade em crianças de tenra idade, os pesquisadores colocaram uma criança na categoria de obesos se o seu peso estava acima do percentil 95 nas tabelas de crescimento padrão.
As crianças no percentil 85a-95a foram considerados em risco para a obesidade.
Quando eles analisaram os resultados encontraram que:
* Cerca de um terço (31,9%) dos bebés estavam em risco para a obesidade ou obesidade aos nove meses.
* Aos 2 anos era ligeiramente superior (34,3% obesas ou em risco).
* 17% dos bebés eram obesas aos 9 meses, subindo para 20% aos 2 anos.
* Os bebés que eram obesos aos 9 meses, tiveram maior risco de ser obesos aos dois anos.
* 44% dos bebés que eram obesos aos 9 meses mantiveram-se obesos aos dois anos.
* Alguns bebés estavam em maior risco de obesidade (por exemplo, os hispânicos e os de famílias de baixos rendimentos).
* Outros foram de menor risco (por exemplo, crianças do sexo feminino).
* 40% dos bebés de 2 anos de idade das familias de baixos rendimentos apresentavem risco de obesidade ou obesidade, comparado a 27% dos bebés das familias de altos rendimentos.
Moss e Yeaton concluiu que:
"Entre os 9 meses e 2 anos de idade, as crianças dos EUA estão a caminhar na direcção de um peso pouco desejável."
Moss disse ainda que:
"Nós não dizemos certamente que os bebés com excesso de peso estão condenados a ser adultos obesos."
No entanto, o investigador disse que foram encontradas evidências de que estar acima do peso aos 9 meses de idade coloca a criança em maior risco de ser obeso mais tarde na infância.
Também não há qualquer sugestão que os bebés devem seguir dieta. Nunca se deve negar o leite enquanto o bebé está em aleitamento materno. Mas quando os bebés começam a introduzir alimentos sólidos, há que ter cuidado com as escolhas alimentares.
De acordo com a investigadora, a idade em que as crianças são introduzidas na "junk food" é cada vez mais jovem. "Eu sei de bebés de 9 meses de idade que comem batatas fritas", disse ela.
Pode fazer uma grande diferença para o peso dos seus filhos, mantendo-os fora de "junk food" por tanto tempo quanto possível e ter certeza de que lhes dá frutas e produtos hortícolas, disse Lee, que é um professor assistente em Endocrinologia Pediátrica."
Fonte: www.medicalnewstoday.com
"Jeffrey B. Schwimmer, professor adjunto da pediatria clínica na UCLA de San Diego, e colegas examinaram 124 crianças com idades entre oito e 18 anos, para verificar a presença de anticorpos específicos para o adenovírus 36 (AD36), que é uma das mais de 50 cepas de adenovírus conhecidas por infectar pessoas e causar uma variedade de doenças respiratórias, infecções gastrintestinais e outras. AD36 é o adenovírus humano atualmente ligado à obesidade.
Pouco mais da metade das crianças no estudo (67) foram consideradas obesos, com base no Índice de Massa Corporal (IMC) num percentual de 95 ou maior. Os pesquisadores identificaram anticorpos neutralizantes específicos para AD36 em 19 crianças (15%). A maioria das AD36-positivas (78%) eram obesas, com anticorpos AD36 muito mais frequente em crianças obesas (15 de 67), do que em crianças não obesas (4 de 57).
As crianças que foram AD36-positivos pesavam quase 23 quilos a mais, em média, do que as AD36-negativos. Dentro do grupo de menores obesos, aqueles com evidência de infecção AD36 pesavam em média 15 quilos a mais, do que os gordos AD36-negativos.
"Esta quantidade de peso extra é uma preocupação importante em qualquer idade, mas é especialmente preocupante para uma criança", disse Schwimmer. "A obesidade pode ser um marcador para futuros problemas de saúde, como doença cardíaca, doença hepática e diabetes. Um extra 15 a 23 quilos é mais do que suficiente para aumentar muito os riscos".
Schwimmer espera que esta pesquisa ajude a transferir parte da carga de responsabilidade que cai sobre as pessoas obesas, em especial as crianças. "Muitas pessoas acreditam que a obesidade é culpa própria ou por culpa de seus pais ou familiares. Este trabalho ajuda a ressaltar que o peso corporal é mais complicado do se imagina.
Ainda não se sabe quantas vezes e em que circunstâncias o AD36 contamina as pessoas, porque o vírus afeta as pessoas de forma diferente, ou mesmo se o ganho de peso é resultado de uma infecção ativa ou uma mudança no metabolismo.
Schwimmer explica que, em culturas celulares, o vírus infecta pré-adipócitos ou células imaturas de gordura, levando-os a desenvolver mais rapidamente e proliferar em maior número do que o normal. "Este pode ser o mecanismo para a obesidade, porém mais pesquisa precisa ser feita"."
Fonte: www.isaude.net
O estudo foi coordenado por Geetha Raghuveer, da Universidade de Missouri Kansas City Shool of Medicine e do Children´s Mercy Hospital, e revelado ontem num encontro de especialistas em Nova Orleães. “São conclusões alarmantes”, referiu à Reuters a investigadora principal que quis tentar perceber qual seria a “idade vascular” destas crianças. |
Paredes interactivas, bicicletas e passadeiras ligadas a jogos de vídeo transformam o ginásio num mundo virtual cheio de cor e movimento, onde o desafio da pontuação faz os miúdos e adolescentes (entre os 3 e os 17 anos) esquecerem que estão a fazer exercício físico. |
Fonte: www.pesoemedida.com
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